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Principais notícias desta quarta-feira (25/02/2009)

José Maurício Jr. 

 

Queda de receita ameaça aumento de servidores

A crise econômica internacional começou a ser uma ameaça aos aumentos aprovados em 2008 ao serviço público. Os setores mais vulneráveis são monitorados constantemente, medidas anti-crise são tomadas, mas o governo não tem mais como garantir que o desenvolvimento e o emprego se manterão. Em entrevista ao Correio Braziliense, o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, explica que a intenção cumprir o que foi aprovado no Congresso (reajuste salarial), mas alerta que, em caso de agravamento do cenário global, as despesas previstas serão revisadas.

 

Itaú-Unibanco lucra R$ 7,8 bilhões em 2008

O grupo financeiro Itaú-Unibanco anunciou, nesta quarta-feira, que teve um lucro de R$ 10 bilhões pelo critério "pro forma" no ano de 2008, comparado com os R$ 11,921 bilhões em 2007. Pelo critério, o resultado da fusão, anunciada em novembro, foi de R$ 7,803 bilhões, ante R$ 8,474 bilhões em 2007. Somente o Itaú teve um lucro líquido de R$ 7,71 bilhões. Lucro de R$ 54 bilhões comparado com o mesmo período de 2007. Já o Unibanco apurou resultado de R$ 2,85 bilhões ante R$ 2,60 bilhões em 2007. Ambos os resultados são "pro forma".

Fundo global de US$ 25 bi para exportação pode ser anunciado no G-20

A criação de um fundo global de US$ 25 bilhões para financiar exportações pode ser anunciada em abril, no encontro do G-20, que ocorrerá em Londres e reunirá os líderes de economias que representam 90% do PIB global. Pascal Lamy, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), disse que a entidade trabalha com o Banco Mundial e com Fundo Monetário Internacional (FMI) para criar esse fundo de liquidez para financiamento de 180 dias, com enorme efeito multiplicador no comércio. "Espero que países com capacidade de contribuir com essa iniciativa o façam o mais rápido possível", disse Lamy. Países como Japão, China, Reino Unido, Canadá e a União Europeia (esta por meio do Banco Europeu de Investimentos, BEI) demonstraram interesse em apoiar o fundo.

 

Bernanke: Fed pode comprar parte de bancos, mas não irá estatizar

O presidente do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, Ben Bernanke, anunciou nesta quarta-feira (25) que o governo americano pode assumir uma participação significativa em alguns grandes bancos do país. Mas negou que exista a possibilidade de estatizar das instituições financeiras. "Pode ser o caso que o governo venha a ter uma participação minoritária substancial no Citi ou em outros bancos. Mas nacionalização, no meu ponto de vista, é quando o governo assume os bancos, zera a posição dos acionistas e começa a gerenciar e controlar o banco, e nós não planejamos fazer nada parecido com isso", afirmou o presidente do Fed.

 

Mercado já espera Selic a 10,38% em 2009

Foi divulgada, nesta quarta-feira, a pesquisa Focus, realizada semanalmente entre os bancos e divulgada pelo Banco Central. Segundo os dados do estudo, o mercado financeiro espera que a desaceleração da economia brasileira possa levar o BC a reduzir a taxa básica de juros da economia (Selic) a 10,38%, até o final de 2009. Apesar do otimismo, os bancos mantiveram em 1,50% a perspectiva de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) do país este ano.  A perspectiva para o PIB de 2010 também foi mantida em 3,60%. 

 

OMC enxerga Rodada de Doha com solução para crise

O diretor geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, voltou a defender a conclusão das negociações da rodada de Doha nesta quarta-feira, em Tóquio. Para Lamy, um eventual acordo firmado estimularia a economia mundial e ajudaria a superar a crise. "Atravessamos uma crise inédita. Nunca tivemos um terremoto econômico desta magnitude", afirmou Lamy. "é preciso concluir a rodada de Doha para reativar a economia mundial. Fizemos 80% do trabalho, e como sempre os 20% restantes representam uma complexa coordenação técnica entre especialistas, mas em certa etapa é necessário um empurrão político para forjar um compromisso", finalizou.

 

Dia é de pouco trabalho no Congresso

O Congresso Nacional passou por um dia de poucos trabalhos nesta quarta-feira de cinzas. Os parlamentares reforçaram as atividades na semana passada para ter uma folga maior no carnaval. Não houve votações previstas para esta quarta, nem na Câmara nem no Senado. O serviço público em Brasília começou a funcionar apenas às 14h.