Bovespa fecha pelo 3º dia seguido em baixa. Dólar passa de R$ 2,10
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou sua terceira baixa nesta semana. Resultado devido aos anúncios dos bancos e corretoras de que os ativos brasileiros ainda estão caros. Com isso, a bolsa brasileira fechou o dia em queda de 3,27%, aos 48.679 pontos e com o volume de negócios registrado em R$ 4,9 bilhões. Se esse quadro não mudar, a Bovespa irá ter sua primeira semana negativa após dois meses no azul.
Já no mercado de câmbio, depois de ver acentuadas valorizações da Bovespa nos últimos dias e o pessimismo voltar a tomar conta do mercado financeiro, a moeda norte-americana voltou a ser o ‘refúgio’ dos investidores e fechou o dia em alta de 1,83%, negociada a R$ 2,106.
Poupança: governo ainda encontrará muitas dificuldades pelo caminho
Mal anunciou as mudanças no sistema do fundo de investimentos e o governo federal, apesar de ter conseguido um amplo apoio no Congresso, começou a encontrar pela frente algumas resistências dos partidos da oposição.
DEM e PSDB sinalizaram claramente nesta terça-feira (13) que irão rejeitar a proposta que brevemente chegará ao Congresso através de uma Medida Provisória.
O líder do DEM na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), disse que sua legenda trabalhará para que essa proposta não passe pela Casa. “Criações de impostos nunca terão apoio do DEM. A bandeira que defendemos e sempre iremos defender é a diminuição do estado e da carga tributária”, afirmou. Maia ainda disse que essa medida não resolverá o problema. “A criação de mais impostos não resolverá o problema estrutural do sistema financeiro. é necessário um debate mais sério e profundo, e não um remendo como que o governo fez taxando ainda mais a sociedade”.
O PSDB marcou uma reunião ainda nesta tarde para discutir o assunto, mas o presidente do partido, Sergio Guerra (PE), já adiantou que também irá se opor à proposta.
A oposição foi bastante criticada pelo líder do governo na Casa, o deputado Henrique Fontana (PT-RS) depois que uma vez que o pedido do presidente Lula – para que não causem pânico na população – não foi respeitado. “Não podemos aceitar a postura irresponsável dos partidos da oposição – disseminando pânico na população dizendo que a poupança será desrespeitada como aconteceu em governos passados”.
Preocupado com a reação da sociedade, Fontana fez algumas garantias à população. “Toda poupança do brasileiro será integralmente respeitada. Não há nenhum tipo de alteração que impeça a população de sacar seu dinheiro” finalizou o petista.
Porém, ainda existem muitas reclamações sobre as explicações confusas que o governo deu diante de mudanças desta magnitude no sistema financeiro.
Mercado acha que mudanças na caderneta foram paliativas
Os analistas de mercado concluíram que as mudanças feitas pelo governo na rentabilidade da caderneta de poupança com o objetivo de permitir a continuidade da queda da taxa Selic foram paliativas. Destinaram-se mais a retirar a pressão e a ansiedade instalada no mercado, depois que o governo fez a declaração política prometendo mudanças. Se a taxa de juros cair de maneira mais acentuada será necessário fazer outras mudanças. mexida não afetou a bolsa nem o câmbio até este momento.
Lei de acesso a informações junta Dilma e Serra
Os dois principais pré-candidatos a presidente da República estarão juntos nesta quarta-feira (13), em Brasília. José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) estarão presentes à cerimônia de lançamento do projeto de lei de acesso a informações públicas. O evento ocorre no Itamaraty. Dilma telefonou para Serra e o governador paulista confirmou presença.
Mudanças nos precatórios
Por causa de forte pressão da OAB, o relator da PEC dos Precatórios na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve fazer alterações no texto da emenda que estabelece novas regras para pagamentos de precatórios – dívidas provenientes de sentenças judiciais contra a Fazenda. Cunha afirmou que apresentará seu parecer ainda neste semestre. Dois pontos que devem ser alterados pelo relator: mudança no índice de correção dos precatórios e na ordem cronológica de pagamentos dos débitos.
FGV propõe redução de 181 diretorias para sete no Senado
A FGV apresentou sua proposta de modernização do Senado, como pedido por Sarney. Dos 181 cargos de diretores, restarão sete. Mas não haverá perda de salário para quem foi rebaixado na hierarquia da Casa. Ficou constatado que apenas 41 diretores exerciam efetivamente a função. Haverá economia mensal em torno de R$ 650 mil – redução pouca, não significativa, como reconheceu um funcionário da FGV.
Jucá diz que tratado com truculência por Jobim
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) reagiu às declarações do ministro Jobim sobre as mudanças na Infraero, dizendo que foi tratado de forma truculenta. Lembro que tem trabalhado muito para ‘este governo’. O senador quer apresentar emenda propondo que o cargo de Ministro da Defesa seja ocupado por um militar da ativa. Jucá teve um irmão e uma cunhada demitidos da Infraero.
Pesquisa do PSDB detecta crescimento de Dilma
Pesquisa encomendada pelo PSDB detecta crescimento consistente de Dilma no Nordeste, após a divulgação de sua doença. Ela já teria 20% das intenções de votos, contra 40% de Serra. A expectativa é de que, na próxima pesquisa nacional, ela se consolide a polarização com o governador paulista. Ontem, a ministra foi centro de atenções na festa dos 50 anos do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo.
Manobra contábil da Petrobras teve apoio do governo
A decisão da Petrobrás de alterar o sistema de cálculo de imposto teve aval do governo e dos ministros com assento no Conselho de Administração da empresa. Encarregado pelo governo para explicar o ocorrido, o senador, Aloízio Mercadante (PT), disse que o objetivo era manter os investimentos e melhor do que usar dinheiro do Tesouro. Governadores cobram perdas do repasse pelo não pagamento dos tributos. PSDB decide hoje de pede CPI.