Líderes definem estratégia de votação de medidas provisórias

Líderes partidários tentam um acordo para votar medidas provisórias que trancam a pauta. Na parte da tarde, eles se reúnem com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), para definir uma estratégia de trabalho. Serão discutiras as medidas provisórias que perdoa dívidas com a União e estabelece novas regras para parcelamentos de dívidas de tributos federais (449/09); autoriza municípios a parcelarem, em até 20 anos, as dívidas vencidas até 31 de janeiro de 2009 com o INSS (457/09); e a MP que permite à União transferir, sem licitação, terrenos de sua propriedade na Amazônia Legal com até 1,5 mil hectares.

Temer ignora MPs, faz votação e destrava pauta

O plenário da Câmara pôs em prática pela primeira vez ontem a interpretação do presidente Michel Temer de que medidas provisórias não trancam inteiramente a pauta e votou dois projetos e dois decretos, em sessão extraordinária. Apesar de três MPs, em tese, impedirem a votação de projetos, Temer disse estar amparado por decisão preliminar do Supremo Tribunal Federal e levou as matérias a deliberação.

BC de novo no mercado comprando dólar

BC volta a praticar estratégia usada antes do estouro da crise financeira: compra de dólar no mercado para evitar desvalorização da moeda frente ao real. Ontem comprou US$ 3,4 bi. O Brasil passou a receber fluxo elevado de recursos diante da percepção de menor risco e também devido à reação dos preços das commodities, consequência da reação da economia chinesa.

Teto para depósito de poupança pode ser de R$ 20 mil

Preocupado com o desgaste político que a matéria pode provocar, como acusação de confisco, de acordo com a campanha do PPS, Lula deu ordens à equipe econômica que estuda alterações na Caderneta de Poupança para tratar do assunto com cuidado. Quer fixar em R$ 20 mil o limite para a diferença entre ‘poupador’ e ‘investidor’, isto é, quem aplica para economizar e quem investe para ganhar.

Presidente da CCJ da Câmara quer mudar PEC dos precatórios

O presidente da CCJ da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aponta duas falhas na proposta de Emenda Constitucional (PEC) que muda a forma de pagamento de dívidas decorrentes de decisões judiciais contra o poder púbico, aprovada no Senado. Um deles é a quebra da ordem cronológica de pagamento dos credores. O outro é a mudança retroativa da correção e dos juros aplicados sobre o débito. Disse que há ‘flagrante violação de preceitos constitucionais fundamentais’.

PMDB avisa a Lula que parte do partido dará apoio a Serra

PMDB põe suas cartas na mesa. No encontro com Lula para discutir cargos, seus dirigentes disseram ao presidente que há diretórios do partido nos estados que fecharão com Serra em 2010. Querem também quer que o PT não lance candidatos em Minas e no Rio Grande do Sul, onde surgem nos nomes de Hélio Costa e José Fogaça. No RS,
o ministro petista Tarso Genro já se apresentou como postulante à sucessão de Yeda Crussius.

Lula convoca 4 ministros para discutir oferta ao Paraguai

Lula quer evitar o acirramento da disputa com o Paraguai envolvendo o Tratado de Itaipu. Convocou quatro ministros e técnicos do setor elétrico para uma reunião hoje, véspera da chega de Fernando Lugo, presidente paraguaio, para discutir o assunto. O Brasil vai propor o alongamento da dívida paraguaia da construção da usina (US$ 18 bi), embora haja divergência. Lula teme a questão acabe numa corte internacional.

Bovespa fecha seu terceiro dia de alta na semana e dólar cai

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve seu terceiro dia consecutivo de alta na semana e já acumula mais de 7%. Nesta quarta-feira, a bolsa brasileira fechou o dia em alta de 1,64%, aos 51.499 pontos e com um volume de negócios registrados em R$ 7,4 bilhões. Tanto a Bovespa como as demais bolsas globais seguiram os índices americanos que puxaram o mercado financeiro para o azul. Os agentes lidaram com uma série de notícias relacionadas aos testes de estresse feitos nos bancos do país e dados sobre o mercado de trabalho.

Já moeda norte-americana sente o bom momento do mercado financeiro e fechou mais um dia de queda, o segundo da semana. Com isso, o dólar terminou o dia em baixa de 1,72% frente ao real, negociado a R$ 2,111. O menor patamar em seis meses.