A Europa exigiu e o governo de George Papandreou na Grécia caiu. Líderes políticos gregos chegaram a um acordo na tarde de domingo para a formação de um governo de união nacional na esperança de aprovar o pacote de resgate da UE, impedir um calote total e evitar o caos financeiro no continente. O governo grego é o quinto a ser derrubado pela crise na Europa. Mas, dessa vez, o novo chefe de governo, as condições para assumir o poder e até a data de novas eleições foram determinados por Bruxelas. Papandreou confirmou que não fará parte do novo governo e oficialmente entregará seu cargo nesta segunda-feira. Durante o dia, a imprensa local indicava que o substituto seria Lucas Papademos, ex-vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), um tecnocrata capaz de estar acima da disputa política grega e o nome é apoiado pelos principais bancos europeus. Outros três nomes estavam na mesa de negociações. Oficialmente, porém, o indicado será conhecido apenas nesta segunda-feira. O acordo ainda segue outra exigência da UE. Eleições serão convocadas, mas só depois de a Grécia aprovar no Parlamento seus compromissos de reformas exigidos pela UE para que € 130 bilhões sejam liberados para o país pagar suas contas. Essa era uma exigência da Alemanha e França, que se recusavam a voltar a negociar com os gregos as condições de resgate. Vários partidos gregos insistiam que queriam rever os termos do acordo. (Estado de S. Paulo)