O desmentido da presidente Dilma à informação do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, sobre alteração da regra de correção do salário mínimo é uma boa indicação de algo que o mercado estava ansioso para descobrir: como será a convivência entre ela e a equipe econômica. Agora já sabe.
A proposta de Barbosa era vincular o aumento ao crescimento do salário médio da economia brasileira. Por meio de nota, ele se desmentiu a pedido de Dilma, 48 horas após a posse, depois de um puxão orelha daqueles sobre os quais fala o folclore político de Brasília.
A trombada foi feia, mas o ministro riscou um fósforo perto da gasolina em que se tornou o ambiente sindicalista após o pacote que cortou benefícios dos trabalhadores na área de benefícios previdenciários. Será que ele não percebeu que há um problema sério na relação do Planalto com os sindicatos?
A convivência com o time liberal da economia não será fácil. Vai mandar aquele ditado muito conhecido: “A cada dia, sua agonia”.