Os preços dos alimentos deram uma trégua e a inflação medida pelo índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, desacelerou de setembro para outubro, de 0,53% para 0,42%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado amenizou as preocupações do mercado quanto aos efeitos que a política monetária do Banco Central, que reduziu mais uma vez a taxa básica de juros, poderia ter sobre a trajetória dos preços, mesmo no longo prazo. Analistas já revisaram para baixo suas projeções para o IPCA cheio de outubro. No acumulado em 12 meses, o IPCA-15 apresentou o primeiro recuo desde julho de 2010, de 7,33% em setembro para 7,12% em outubro. O movimento indica haver possibilidade de a inflação terminar o ano sem ultrapassar o teto da meta do governo, de 6,5%. Além dos produtos alimentícios, itens de vestuário e despesas com empregados domésticos subiram menos, contribuindo para a desaceleração. O mesmo ocorreu com os custos de passagens aéreas e combustíveis, que não aumentaram tanto quanto no mês passado, embora continuem em níveis altos. (O Estado de S.Paulo)