O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, defendeu ontem o fim do financiamento de empresas para campanhas políticas e a criação de mecanismos para a limitação de gastos dos candidatos. Segundo ele, nas eleições de 2010, somadas as receitas dos candidatos, comitês e partidos, os gastos chegaram a mais de R$ 3,3 bilhões. Por isso, opina, o financiamento público sem um teto não é viável. "Os números são estratosféricos. Imagina como isso seria oneroso para os cofres públicos", diz. O presidente do TSE também deu números referentes às doações feitas via internet na última eleição: R$ 736 mil. Disse que, no ano passado, para os primeiro e segundo turno das eleições foram gastos R$ 490 milhões, ou seja, R$ 3,60 para cada eleitor.