O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse nesta sexta-feira (4) que é "perfeitamente possível" que o Congresso discuta e aprove as regras do pré-sal em 90 dias. Segundo ele, apesar da elaboração das regras ter sido restrita apenas ao governo, a população foi sempre bem informada pela imprensa. "Houve muito pouca surpresa no que foi anunciado. Praticamente tudo já vinha saindo nos jornais e estas notícias foram acompanhadas por análises de especialistas", comentou o presidente que adotou o mesmo discurso para as indústrias que criticaram tal restrição.
"A indústria tem dado opiniões ao longo do processo e poderá fazer isso também no Congresso. O tempo estipulado em 90 dias é suficiente para se discutir e fazer alterações. Não precisa de um tempo muito longo para que as entidades se manifestem", disse o presidente da EPE.
Tolmasquim também alertou que o pré-sal não será um empecilho ao etanol. "O etanol é competitivo em relação à gasolina, mesmo que petróleo caia a até US$ 40 no mercado internacional. O País tem política de manter preços internos atrelados ao mercado internacional. é difícil imaginar que o barril caia a estes valores", finalizou.
O presidente da EPE participou, nesta sexta-feira do seminário sobre energia promovido pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec) na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).