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Prefeitos reclamam que a saúde piorou e o dinheiro diminuiu

"Reeleição? Estou correndo disso", deixa escapar o prefeito de Jacuí, no Sul de Minas, João Arantes (PSDB). Ele parece ser mais uma vítima de certa "epidemia" que se arrasta pelo estado, segundo outro chefe de Executivo: "Olha o meu cabelo. Não tinha fios brancos antes de ser prefeito, não. A prefeita de uma cidade vizinha está tomando remédio de tarja preta, coisa que nunca havia feito. O prefeito de outro município teve um piripaque. O outro prefeito reclama de enxaqueca todos os dias… Ninguém está dando conta", comenta Giovane Neiva (PR), que comanda Catas Altas da Noruega, na Região Central. A menos de dois anos das eleições, prefeitos dizem que não desejam outro mandato. Para eles, "está difícil trabalhar" com orçamentos escassos, implicâncias da oposição, cobrança da população e fiscalização das câmaras municipais e do Ministério Público. Não tem deputado, senador, governador ou presidente da República que sirva: quando um morador de Jacuí, ou de qualquer outro pequeno município, vê um buraco em sua rua, precisa de leito para mãe doente, pretende colocar o filho numa escola pública ou deseja esgoto tratado em casa, exige que alguém solucione o problema mais do que depressa. "E quem está na linha de frente? O prefeito. Não importa se a responsabilidade não é sua. Você tem de resolver. E isso é muito desgastante", afirma João Arantes, acrescentando que não pensa em reeleição. Ele diz que a crise econômica de 2009 complicou ainda mais o seu mandato. "Não dá para cortar gastos com educação e saúde. Também não posso reduzir a folha de pagamento. O jeito é não fazer investimentos."