A cúpula do PR avaliou ontem que a auditoria feita pela Controladoria-Geral da União (CGU) nos Transportes foi "inconclusiva" e pode até mesmo atrapalhar as negociações para o retorno do partido à base aliada, caso o governo não faça um gesto político, inocentando seus dirigentes. Dois meses após ser defenestrado do comando do Ministério dos Transportes, no rastro do escândalo de corrupção, o senador Alfredo Nascimento (PR-AM) deu a senha da reação do partido ao observar que a sindicância não indica os responsáveis pelos malfeitos. Embora o relatório da CGU aponte 66 irregularidades em processos de licitação e contratos, com prejuízo de R$ 682 milhões aos cofres públicos, Nascimento disse, em nota, continuar aguardando que as "suspeitas" veiculadas pela imprensa sejam esclarecidas "de modo cabal". Presidente do PR, o senador destacou que a auditoria não elucida o "suposto envolvimento" de integrantes da equipe liderada por ele, nos Transportes, na prática de irregularidades. (O Estado de S.Paulo)