As projeções econômicas do governo que amparam a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2), lançado anteontem, não encontram respaldo nas contas do mercado financeiro. Analistas alertam que não há poupança suficiente no país para financiar o volume de investimentos previsto pelo PAC-2. Ao divulgar os números do programa, o governo se baseou em projeções de que o país vá ter uma taxa de investimentos de 21,5% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos pela economia) em 2014. Na conta dos analistas, para isso, seria preciso ter um nível de poupança de 19% do PIB – ou seja, um salto de quase cinco pontos percentuais frente ao patamar atual, de 14,6%.