Após a Câmara rejeitar a criação de um imposto para a saúde nos moldes da antiga CPMF, a presidente Dilma Rousseff admitiu ontem, em entrevista à TV Record, que o setor enfrenta um problema sério de gestão no País – e sugeriu que a própria população brasileira apoiaria uma nova taxa para garantir recursos adicionais que melhorassem os serviços públicos. "Não estou pedindo hoje um aumento de impostos. Nós vamos melhorar a gestão da saúde neste País. E quando ficar claro para a população que ela precisa de mais coisa, ela mesma vai se encarregar de pedir", disse Dilma, durante entrevista ao vivo ao programa "Hoje em Dia". "Tem um problema sério de gestão, sim. A gente tem recursos e o uso desses recursos tem de ser melhorado", afirmou. Dilma destacou ainda que é preciso melhorar a qualidade dos hospitais e aumentar a quantidade de médicos. "Não sou, como diz a Bíblia, sepulcro caiado. Por que eu não sou? Porque eu tenho obrigação de falar para a população o que ela tem direito de ouvir", disse. Em 2007, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu uma de suas maiores derrotas legislativas, quando o Senado derrubou a CPMF. Em entrevista ao Estado publicada nesta segunda, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, defendeu um novo imposto para a saúde, dizendo que o assunto deve ser um dos principais temas das eleições do ano que vem. (O Estado de S.Paulo)