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Política na semana indica grande momento para Lula

Navalha na corrupção – com lances espetaculares, como a prisão de mais um dos suspeitos do esquema de desvio de dinheiro público, ainda repercutia intensamente nesta sexta-feira a Operação Navalha, show de mídia nos jornais, na internet e na TV. Foram para a cadeia 46 pessoas, entre elas: ex-governador, deputado, assessores parlamentares e de ministro e altos funcionários do governo, além do dono da construtora Gautama, implicados no novo escândalo. O esquema funcionava em nove estados e se preparava para desviar recursos do PAC. O estouro turbinou ainda mais a fase de notícias favoráveis ao governo.


 


O show de Lula – a segunda entrevista de Lula foi um dos maiores espetáculos de mídia de sua administração. O presidente estava à vontade e não deixou pergunta sem resposta: rejeitou um terceiro mandato, negou envio de projeto sobre aborto ao Congresso e prometeu escolher seu candidato à sucessão, em 2010, entre os políticos da sua base de apoio. Poucas vezes Lula demonstrou tanta autoconfiança, além de passar um otimismo que só se constata num político recém eleito. Hoje, o presidente tem absoluto controle não apenas de sua coordenação política quanto da orientação da política econômica do governo. Não precisa mais de assessores. 


 


PMDB atendido o governo ofereceu oito cargos do segundo escalão ao PMDB, afastou a ameaça de rebelião na bancada na Câmara e garantiu a aprovação do novo valor do salário mínimo (R$ 380,00) e de projetos ligados ao PAC. Mas a indicação do ex-prefeito do Rio, Luiz Paulo Conde, para a presidência de Furnas, irritou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) que ameaçou deixar a base de apoio. 


CPIs em ação na Câmara, o governo conseguiu evitar que CPI do Apagão requisitasse do TCU os resultados da auditoria feita na Infraero. No Senado, teve que dividir o comando das investigações com a oposição. O PT ficou com a presidência (Tião Viana-AC) e o DEM com a relatoria (Demóstenes Torres-GO). Viana ameaça recorrer ao Supremo se a CPI fugir de seus objetivos. Outra CPI, para investigar repasses de recursos oficiais para ONGs, será instalada em  5 de junho.