Três meses depois da posse da presidente Dilma Rousseff, o governo tem hoje uma disputa interna entre dois dos principais integrantes do primeiro escalão. De um lado, o ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, defendendo a retomada da política de alta de juros como fórmula para reduzir a inflação e dosar o crescimento do País, informa o Estadão. Do outro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que sucedeu Palocci ainda no governo Lula, resiste ao receituário dos últimos 16 anos e defende a eficácia das medidas de contenção de empréstimos bancários voltados para o consumo. Na prática, Mantega e Palocci são hoje os dois ministros mais poderosos e influentes do governo Dilma e as diferenças entre os dois também envolvem a disputa pela indicação do rumo que a presidente deverá seguir na condução da economia de sua administração.