Com a troca de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para Dilma Rousseff, a política externa brasileira mudou menos do que pode aparentar à primeira vista. Com menos pirotecnia, a agenda global da presidente Dilma, na essência, é praticamente a mesma de seu antecessor e continua com os mesmos objetivos: intensificar relações com os países da América do Sul e da áfrica, sem deixar de lado as importantes relações com Estados Unidos, União Europeia e China. A presidente Dilma também bate na tecla da necessidade de reformulação dos organismos multilaterais para que aumente o peso dos países emergentes nos seus processos decisórios. Mas, até agora, os resultados são pouco palpáveis, já que um dos principais objetivos, o de obter assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, continua distante de ser alcançado. O governo comemora, no entanto, a aprovação da indicação de José Graziano para diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). (O Estado de S.Paulo)