O Brasil tem 5,075 milhões de pessoas que vivem em situação de pobreza multidimensional, segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano 2011. Esse número – que equivale a 2,7% da população do país – abrange indivíduos que, além de não terem renda, vivem sem acesso à educação ou à saúde ou em condições de vida consideradas decentes (como água, luz e saneamento, por exemplo). Para as Nações Unidas, a pobreza deve ser medida não apenas de acordo com a renda, mas com as privações que os indivíduos enfrentam para ter qualidade de vida. Por isso, desde o ano passado, o relatório traz o chamado índice de Pobreza Multidimensional (IPM). Por ele, é classificado como pobre qualquer indivíduo privado de pelo menos três de um total de dez indicadores considerados importantes para se ter qualidade de vida: nutrição, baixa mortalidade infantil, anos de escolaridade, crianças matriculadas em escolas, energia para cozinhar, toalete, água, eletricidade, moradia digna e renda. E quanto mais indicadores, mais grave é a situação. (O Globo)