Devagar e sem alarde, a presidente Dilma Rousseff está "expurgando" o PMDB do setor energético. Depois de tirar o partido do comando da Eletrobrás e trocar o presidente e dois diretores da Eletronorte, indicados pela legenda, o aliado agora está sendo apeado da Petrobrás. O golpe final está programado para depois das eleições municipais, quando Dilma planeja acelerar a migração do ministro de Minas e Energia e senador Edison Lobão (PMDB-MA) de volta ao Congresso, para disputar a sucessão do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Lobão até argumentou que preferia continuar no ministério, mas o Planalto prosseguiu em sua estratégia, patrocinando a filiação do secretário executivo Márcio Zimmermann ao PMDB. Como Zimmermann não tem militância política e já substituiu Lobão durante a campanha eleitoral de 2010, por determinação de Dilma, a cúpula do PMDB entende que a volta do ministro ao Congresso significará o expurgo completo da legenda do setor elétrico. (O Estado de S.Paulo)