O PMDB resistiu, pelo menos por enquanto, ao canto da sereia do Palácio da Liberdade. O governo do estado tentou atrair o partido para sua base na Assembleia Legislativa, mas a estratégia não vingou. Nem mesmo a oferta de pastas importantes e disputadas, como as secretarias da Saúde e a de Transportes e Obras Públicas, seduziu o partido, que, ao lado do PT, PCdoB e PRB, integra a oposição no Legislativo mineiro. Prova disso é que o novo líder do PMDB na Assembleia é o deputado Sávio Souza Cruz, um dos maiores críticos do governador Antonio Anastasia. Ele assume o lugar do deputado Antônio Júlio, pré-candidato à Prefeitura de Pará de Minas, também integrante da ala peemedebista mais contrária ao governo do estado. No início da legislatura, em janeiro de 2011, esses partidos chegaram a formar um blocão de oposição, que acabou dividido no fim do ano passado em função de divergências em relação à condução dos trabalhos. "Fomos eleitos na oposição e vamos continuar nela", afirma o deputado federal Antônio Andrade (PMDB), presidente da legenda em Minas. Segundo ele, a orientação é fazer uma "oposição programática", ajudando o estado em questões consideradas fundamentais, como o endividamento de Minas Gerais, assunto que vai ser debatido pela Assembleia durante seminário a ser realizado nos próximos dias. (Estado de Minas)