Cobrar compensação dos planos de saúde por seus segurados atendidos na rede do Sistema único de Saúde (SUS) é prioridade da presidente Dilma Rousseff e, portanto, também do ministro Alexandre Padilha, como ele mesmo reafirmou em entrevista ao Valor Econômico. Outra preocupação é tentar gastar melhor os recursos de que o ministério dispõe, antes de pedir mais dinheiro. Só dessa forma, acredita Padilha, será possível convencer a sociedade a permitir novas formas de financiamento e levar a saúde a padrões de Primeiro Mundo. Segundo o ministro, o SUS é o programa que mais fez transplantes e hemodiálises do mundo e, no entanto, o país gasta apenas R$ 660 per capita. Isso somando-se as despesas na área de saúde da União, Estado, e municípios. Só a União investe R$ 304 per capita. Inglaterra e Canadá gastam seis vezes mais. Padilha diz que há uma revolução a caminho, que inclui um novo modelo de construção de unidades de saúde e a mudança na forma de remuneração dos hospitais.