O plano que o governo elabora a pedido da presidente Dilma Rousseff para reduzir o custo dos empréstimos no país – antecipado pelo GLOBO há duas semanas – dará uma atenção especial às empresas. A avaliação da equipe econômica é que o spread (diferença entre o custo de captação de dinheiro pago pelos bancos e o que eles cobram dos clientes) das pessoas jurídicas tem oferecido mais resistência a cair, embora seja mais baixo que o das pessoas físicas. Por isso, a estratégia do governo será usar os bancos públicos para forçar uma queda das taxas de juros dos empréstimos, incluindo o aumento da oferta de linhas de financiamento mais baratas para o setor produtivo. Não atacar essas taxas poderia comprometer a capacidade das empresas de aumentar investimentos e, principalmente, o crescimento de 4% do Produto Interno Bruto (PIB), que é o patamar mínimo almejado pela presidente neste ano. O setor de serviços deverá ser um dos mais beneficiados. Esse segmento da economia vem preocupando o Banco Central (BC) porque tem uma inflação mais resistente. O indicador fechou 2011, por exemplo, próximo de 10%. Segundo o economista da corretora Prosper, Eduardo Velho, uma forma de minimizar o problema seria queda dos juros. (O Globo)