Para diminuir a tensão na caserna, o Palácio do Planalto descontingenciou cerca de R$ 2,2 bilhões dos R$ 4 bilhões cortados no início do ano, quando foi anunciada tesourada de R$ 50 bilhões do Orçamento de todo o governo. A liberação, segundo informou o ministro da Defesa, Celso Amorim, a um grupo de militares, foi considerada generosa e até acima da expectativa. O descontingenciamento permitiu a manutenção, pelo menos, de investimentos em programas estratégicos, como o do submarino nuclear. Desde a posse do ex-ministro Nelson Jobim, em julho de 2007, os militares vêm comemorando o aumento do orçamento das três Forças. Embalado pela Estratégia Nacional de Defesa, de 2007 para 2011, as despesas de investimento e custeio das Forças Armadas cresceram 140%, ante a variação da inflação em torno de 30%, no mesmo período. Ainda assim, as Forças enfrentam graves problemas de operacionalidade, com o sucateamento dos equipamentos. (O Estado de S.Paulo)