Petroleiros filiados a 16 sindicatos programaram para hoje uma greve nacional. O movimento pretende paralisar por cinco dias a produção nas refinarias, nas plataformas marítimas e nos terminais da Petrobras. Obviamente, a greve é por motivos salariais e, também, pela demissão de trabalhadores nas empresas que prestam serviços à Petrobrás. A Federação única dos Petroleiros lista, em seu site, às reivindicações da categorias. Desde 1995, não ocorre uma greve dos petroleiros de grandes proporções. Aquela greve foi um grande teste para o governo FHC e, o tratamento dado aos grevistas, serviu de exemplo no período. Agora, em tempos bicudos e de fim de governo, os petroleiros buscam testar os limites da Petrobrás e de Lula. O movimento, neste momento de crise, tem caráter emblemático. O tratamento dado às reivindicações dos petroleiros poderá ter efeito cascata no setor público. Pelo simples fato de que o governo ameaça cortar aumentos salariais do funcionalismo público por conta da queda da arrecadação e dos cortes orçamentários.