Se durante os dois mandatos do governo Lula praticamente não houve alterações na Petrobras, a nomeação de Maria das Graças Foster para a presidência da estatal, no lugar de José Sergio Gabrielli, de olho na carreira política, promete promover mudanças imediatas em pelo menos quatro das seis diretorias atuais. O nome de Graça Foster, que surgiu no fim de semana, foi confirmado em nota divulgada pela Petrobras. Esta afirma que o Conselho de Administração da estatal, presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, apreciará o nome da executiva em sua reunião de 9 de fevereiro. O mercado reagiu bem à notícia, e as ações da empresa chegaram a subir até 5%, a maior alta da Bolsa de Valores de São Paulo ontem. Uma das mudanças seria na diretoria de Exploração e Produção, ocupada desde 2003 por Guilherme Estrella. Já há alguns meses circulam na companhia rumores de que Estrella pretende se aposentar. Uma das diretorias mais importantes, é responsável por investimentos que chegam a US$127,5 bilhões entre 2011 e 2015, ou 57% dos US$224,7 bilhões previstos para o período. Chamada de "diretoria que fura poço" pelo ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti, ela será responsável pelo desenvolvimento dos campos gigantes do pré-sal. (O Globo)