A licitação de até quatro sondas de perfuração que a Petrobrás pretendia afretar ao custo máximo de US$ 500 mil por dia foi suspensa pela estatal, quatro meses após o lançamento da concorrência. O motivo foi o preço apresentado pelos candidatos, considerado abusivo. Segundo fontes ouvidas pela Agência Estado, as propostas iam de US$ 639 mil a US$ 740 mil. O cancelamento, comunicado ontem aos concorrentes – Etesco, Queiroz Galvão, Petroserv e Saipem – criou um impasse político para a Petrobrás. A ideia inicial era que os equipamentos, com capacidade para perfurar a profundidades de até 3 mil metros, fossem construídos no Brasil e depois tivessem contratos de locação com a petroleira. Nesses casos, o afretamento é de longo prazo, entre 20 e 30 anos, já que o equipamento é usado em diferentes áreas de exploração de petróleo. Algumas vezes, o contrato de afretamento é semelhante ao de um leasing, com opção de compra. Procurada pela Agência Estado, a Petrobrás não se pronunciou.