Faltando um mês para a decisão do Partido dos Trabalhadores (PT) sobre qual rumo vai seguir nas eleições deste ano em Belo Horizonte, os partidários da reedição da aliança com o prefeito Marcio Lacerda (PSB), que inclui o PSDB, se valem de uma estratégia recorrente das empresas de telemarketing: tentar convencer os filiados com ligações telefônicas. Parte dos 11 mil petistas de carteirinha da capital mineira está recebendo ligações oriundas do gabinete do deputado federal Miguel Corrêa Júnior (PT), que se postula ao cargo de vice em uma possível chapa com o atual prefeito. Uma mulher, que se identifica como funcionária do gabinete do deputado, pergunta aos filiados se eles sabem como funciona o processo de escolha da posição petista sobre o pleito na capital. Também detalha que Miguel é partidário da reedição da aliança. Por fim, deixa claro que o deputado deseja se candidatar a vice-prefeito e procura saber a avaliação do filiado. Estratégia parecida é feita pela regional do PT no Barreiro. Membros do partido ligam para os filiados e perguntam a opinião sobre a sucessão. Caso o filiado manifeste intenção de votar pela candidatura própria, escuta a seguinte observação: "Eu também sou contra a aliança, mas se não apoiarmos vamos abrir espaço para o PSDB. Dessa maneira, a chance de o PT retomar o comando da prefeitura de Belo Horizonte será apenas nas eleições de 2020". (Estado de Minas)