As estimativas mais conservadoras do governo para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 serão frustradas. O Banco Central já aguarda expansão de 2,8% para a atividade econômica. Se confirmado, o percentual terá se distanciando dos 3% estimados oficialmente pela instituição para ficar mais próximo às projeções de feitas em dezembro pelos analistas, de 2,87%. O resultado das contas nacionais será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) no dia 6 de março. Na avaliação do BC, ainda é difícil separar o que dessa perda de dinamismo no Brasil se deveu às medidas tomadas pelo governo desde o final de 2010, dos efeitos da instabilidade na Europa e da desaceleração da economia americana. Após um ano de crescimento vigoroso – alta de 7,5% em 2010 – a economia brasileira tremeu com a inflação e o BC agiu para resfriá-la ao adotar medidas de contenção do crédito, além de iniciar um processo de alta dos juros. Esses instrumentos já eram fortes por si e levariam a economia ao chamado ‘pouso suave'. Ou seja, nas primeiras projeções do ano, esperava-se expansão do PIB em 4,5%. Mas, no meio do caminho, houve o agravamento da crise internacional. Em setembro a estimativa foi reduzida para 3,5% e depois para 3%.E o BC admite que a economia cresceu muito abaixo de seu potencial. (Brasil Econômico)