Após eleger-se presidente do Peru, Ollanta Humala, inicia uma série de ações com o objetivo de convencer a a opinião pública peruana que sua postura nacionalista radical faz parte do passado.
Depois de rejeitar a aproximação com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e cercar-se, desde a campanha, de assessores vinculados ao Partido dos Trabalhadores (PT), Humala escolheu o Brasil como sua primeira viagem internacional.
Assim como ocorreu na campanha, o futuro presidente peruano sinaliza o desejo de realizar um governo moderado, apesar das desconfianças iniciais.
Não foi por acaso que após reunir com a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, Humala disse que o modelo econômico e social desenvolvido pelo Brasil deve ser tomado como exemplo para seu governo.
Segundo o peruano, é possível conciliar crescimento econômico e inclusão social. Além do encontro com Dilma, o futuro presidente peruano também reuniu-se com o ex-presidente Lula.
No Peru, dos cerca de 29 milhões de habitantes pelo menos 30% estão na faixa de pobreza, sendo que 10% são considerados na extrema pobreza. Nem mesmo o crescimento anual de 8% conseguiu reduzir a pobreza no Peru. Assim, o principal desafio de Humala é diminuir a pobreza e melhorar a qualidade de vida da população.