O presidente do Peru, Alan García disse que "pelo bem" de seu país estaria disposto a aceitar um cargo de ministro ou qualquer outra função pública, caso seu sucessor o convidasse.

"Não me importa ter sido presidente. Eu posso ser o que for se vou trabalhar pelo Peru. Se conseguir avançar dois metros mais no Peru, então é preciso contribuir para isso", declarou García, durante uma entrevista à emissora de televisão Frecuencia Latina.

"Por que não?", respondeu diante do questionamento sobre a possibilidade de participar ativamente do futuro governo. "Qual é o desprestígio, a desonra, de que por ter sido presidente não posso aceitar?", completou o mandatário.

García, cujo mandato encerra em julho, negou que apóie a conservadora Keiko Fujimori, da aliança Força 2011, no segundo turno das eleições, como afirmou o candidato nacionalista Ollanta Humala, da coalizão Ganha Peru.

O chefe de Estado atribuiu a afirmação de Humala ao "desespero do candidato que vê que sua curva [de preferência do eleitorado] está descendo".

"Meu candidato é o Peru, meu candidato é o modelo que quis impulsionar com as melhoras que podia e que devem estar no próximo governo, porque nem tudo é perfeito", disse o mandatário.

As últimas pesquisas de intenção de voto, realizadas pela Ipsos Apoyo, CPI e Datum, mostram a liderança da deputada na disputa presidencial. Keiko tem registrado, em média, 40% da preferência enquanto o nacionalista tem 39%. O segundo turno do pleito está marcado para o dia 5 de junho.

ANSA