O comando do Partido Trabalhista Brasileiro (PDT) se reúne amanhã para discutir a conveniência de manter o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, na equipe da presidente Dilma Rousseff. O ministro, inclusive, deverá participar da reunião, que ocorrerá em Brasília. Apesar da avaliação do governo de que a crise arrefeceu no fim de semana por falta de novas denúncias, uma ala do partido defende a precipitação da saída de Lupi por temer a perda da pasta para o PT na reforma ministerial prevista para janeiro ou fevereiro. Além dos rumores de que será acomodado num ministério menor, o PDT reclama do desgaste de sua imagem em função das denúncias feitas nas últimas semanas. A situação de Lupi se agravou com a revelação da revista Veja de que o ministro cumprira agenda oficial no Maranhão a bordo de avião providenciado por Aldair Meira, que controla duas organizações não governamentais beneficiárias de convênios no valor de R$ 10,4 milhões com a pasta. Lupi, primeiramente, negou o uso do avião, mas, confrontado com a versão do empresário, voltou atrás e atribuiu o equívoco a uma falha de memória. Presidente interino do PDT, o deputado André Figueiredo (PDT-CE) externou sua preocupação à Executiva da sigla na semana passada. Ele, inclusive, defendeu a saída do ministro do cargo. "Não quero falar mais sobre isso", diz ele, resistindo a conceder entrevista. (JC OnLine)