Uma forte reação da bancada do PDT na Câmara e uma ameaça de debandada na cúpula do Ministério do Trabalho suspendeu ontem as negociações do nome do deputado Brizola Neto (PDT-RJ) para assumir a pasta na cota do partido de Carlos Lupi. O Palácio do Planalto foi informado que havia resistências e até vetos ao nome de Brizola Neto entre os pedetistas. Para tentar contornar o impasse, integrantes da cúpula do PDT fecharam um acordo no início da noite de que não haveria mais vetos internos. Com o impasse, a negociação volta à estaca zero, o nome do deputado Vieira da Cunha (RS) volta para o tabuleiro e não há previsão de anúncio hoje como se previa. A possibilidade de Brizola Neto se tornar ministro também causou uma espécie de rebelião no Ministério do Trabalho e com a ameaça de debandada de pelo menos seis técnicos que ocupam cargos estratégicos na pasta, como secretarias e diretorias. O próprio ministro, Paulo Roberto dos Santos Pinto, está resistente a continuar na pasta, como secretário-executivo, caso Brizola Neto seja o escolhido. (O Globo)