O vereador José de Paula Neto (PCdoB), mais conhecido como Netinho de Paula, teve 7,7 milhões de votos, sendo 2 milhões na capital, na eleição para o Senado em São Paulo, em 2010. Por causa desse cacife eleitoral, da retirada da senadora Marta Suplicy (PT) da disputa e de uma ponta de mágoa com os petistas, Netinho diz que sua candidatura à Prefeitura de São Paulo está de pé. Afirma que a cidade precisa encontrar uma terceira via e conta, nesta entrevista ao Valor, que está em curso uma união entre os nomes que representam uma alternativa à polarização entre PT e PSDB. Depois de conversas com os candidatos do PMDB, o deputado federal Gabriel Chalita, e do PRB, o ex-deputado Celso Russomanno, Netinho afirma que o grupo se reunirá pela primeira vez, na semana que vem, com o objetivo de juntar esforços contra o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), e o ex-governador José Serra (PSDB). O vereador nega que o movimento esteja sendo estimulado pelos tucanos para enfraquecer a candidatura petista. Seu discurso é de oposição tanto a Serra quanto a seu aliado, o prefeito Gilberto Kassab (PSD). Seu partido, o PCdoB, ocupa a Secretaria Especial de Articulação para a Copa do Mundo de 2014 desde o ano passado. Mas Netinho considera que não faz parte do governo e não poupa a administração de Kassab. Critica o prefeito nas principais áreas, da educação à saúde, passando pelo transporte e o problema da drogadição. "Nos oito anos dessa gestão Serra/Kassab, a Cracolândia estava ali. Ela foi tocada neste ano e de maneira equivocada", afirma. (Valor Econômico)