De olhos postos no ano eleitoral, um acordo entre lideranças partidárias no Congresso injetou R$ 100 milhões a mais no Fundo Partidário além do previsto pelo governo federal no Orçamento da União para este ano. Em 2012, o fundo, que funciona como um subsídio do governo para o financiamento dos partidos, atingirá a cifra recorde de R$ 324,7 milhões, contra os R$ 224,7 milhões previstos pelo projeto de orçamento enviado pelo Executivo ao Legislativo. Além de ajudar a bancar parte das campanhas eleitorais, o fundo partidário incrementado pelo Congresso cai como uma luva para as legendas endividadas em busca de socorro financeiro. é o caso do PT, que se valeu da fatia do partido nesses recursos para pagar dívidas de R$ 3,7 milhões contraídas com instituições financeiras. A legenda ainda fechou o caixa da campanha presidencial de 2010 com cerca de R$ 27,7 milhões em dívidas. O partido diminuiu os débitos depois de receber, em 2011, R$ 44,1 milhões do fundo partidário. PT e PSDB – as agremiações dos dois candidatos mais fortes à Presidência da República – apareceram como as legendas que mais se endividaram no pleito de 2010. (Correio Braziliense)