No momento em que a campanha entra numa nova fase, com os pré-candidatos dedicados exclusivamente à eleição, os partidos já armam grandes estruturas para a disputa que vai consumir milhões de reais nos próximos meses e definir o novo presidente da República.
Em julho, quando as candidaturas serão oficializadas, a tendência é que os partidos ampliem essas estruturas, algumas delas ainda provisórias. PSDB, PT e PV, os três partidos com candidatos de maior expressão eleitoral, estão em velocidades bastante diferentes na montagem do esquema -Ciro Gomes, do PSB, ainda tenta se viabilizar no próprio partido e no campo governista. Os tucanos reservaram quatro andares do edifício Joelma, no centro de São Paulo, como um dos bunkers para a pré-campanha de José Serra. No local, onde já funciona a sede do PSDB municipal, devem ficar concentradas as equipes das campanhas à Presidência, ao governo estadual e ao Senado. A pré-candidata petista, Dilma Rousseff, agora fora do governo Lula, ganhou estrutura dotada de quatro bunkers -três casas e um escritório-, equipes de imprensa, de internet e de apoio, além de carro e aluguel de jatinhos. Financiada pelo PT, a estrutura é provisória e será mantida nos três meses que antecedem o início oficial da campanha. Seu custo total nessa fase ficará acima de R$ 300 mil, sem contar gastos com marqueteiro e estratégia de internet. Iniciada a campanha, o escritório alugado num subsolo de um hotel em Brasília será fechado. Sua estrutura será transferida para o futuro comitê eleitoral, que funcionará ao lado da sede do PT na capital.