Os advogados que conhecem a tendência dos votos dos ministros do Supremo estão divididos. Há teoria e cálculo político para justificar qualquer parecer de Rosa Weber. De maneira geral, ela se pauta pela não interferência no processo legislativo, mas neste caso está em questão o direito da minoria de investigar o governo, o que poderia alterar o critério anterior. Ninguém se surpreenderia se a ministra resolvesse jogar o assunto para plenário.
A verdade é que joga-se aí um jogo muito importante para o destino eleitoral dos três principais candidatos, sendo que, no momento, o mais vulnerável é o de Dilma Rousseff, às voltas com uma sequência de notícias ruins que não saem de cartaz. A notícia sobre o voto da ministra Rosa sem dúvida vai interferir nesse quadro. Só não se sabe em que direção.