Embora o plenário do Tribunal de Contas de União (TCU) tenha reconhecido explicitamente o superfaturamento de R$ 43 milhões na primeira licitação da Telebrás para o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse ao "Estado" que "não há nenhum crime ou fraude a ser punida" e que a demissão do presidente da estatal, Rogério Santanna, nada teve a ver com a licitação irregular. "A exoneração do presidente da Telebrás decorreu apenas de uma reformulação na estratégia do PNBL. Ele (Santanna) insistia em levar a banda larga até a casa do usuário. Eu sempre disse que a missão da Telebrás não era essa, nem teria recursos para isso", afirmou. O ministro das Comunicações condenou as duras críticas que Santanna fez, publicamente, aos peritos do TCU, e disse que conversou com os ministros daquele tribunal para pedir desculpas pelas acusações do ex-presidente da Telebrás. (O Estado de S.Paulo)