As expectativas criadas pelo potencial ainda desconhecido de extração de gás na camada pré-sal do petróleo já conseguiram inflamar as relações da indústria usuária do recurso natural com a sua principal – e praticamente única – exploradora, a Petrobras. Em coro, os empresários decidiram subir o tom das reclamações sobre a falta de estímulo à competitividade, regulação frouxa e à impossibilidade de lidar com o monopólio na cadeia de valor do gás, desde a sua extração, até o transporte, produção e distribuição para consumo. As críticas estão concentradas em um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). No material, intitulado "A indústria e o Brasil – gás natural: uma proposta de política para o Brasil", os empresários sustentam que o domínio da Petrobras na indústria do gás natural tem limitado a entrada de novos concorrentes, já que eles não têm acesso à infraestrutura de escoamento, de tratamento e de transporte da matéria-prima.