O Brasil tem de reduzir os gastos públicos o mais rápido possível, advertiu ontem o Banco Mundial (Bird), além de conter a valorização do real com consciência da impossibilidade da reversão completa desse quadro. O conselho ao governo brasileiro destoou do tom mais conciliador do Fundo Monetário Internacional (FMI) com relação à situação herdada pelo governo Dilma Rousseff e a seus compromissos de ajuste. Anteontem, o Fundo mostrou-se otimista com o cumprimento da meta fiscal prevista para 2011, de superávit primário equivalente a 3% do Produto Interno Bruto (PIB). "Há espaço para a redução maior nos gastos públicos brasileiros. Quanto mais rápido isso acontecer, melhor será. Até porque abrirá mais espaço para a política monetária", afirmou Augusto de La Torre, economista-chefe do Bird para América Latina e Caribe, com o cuidado de igualmente elogiar o empenho brasileiro na área fiscal.