Apontada como responsável pelo maior número de processos no Supremo Tribunal Federal (STF), a Caixa Econômica Federal desistiu de aproximadamente 500 dos 600 casos que tramitavam na Corte. Assim, o banco público tenta se livrar da imagem de ser um dos responsáveis pelo congestionamento de trabalho no STF. Os processos a serem arquivados tratam de assuntos já julgados à exaustão pelos tribunais, como correção do FGTS, envolvem pequenos valores e, de acordo com o diretor jurídico da Caixa, Jailton Zaon, não devem provocar impacto financeiro significativo para o banco. "A Caixa está se dispondo a deixar no Supremo apenas as questões relevantes para a instituição e que efetivamente mereçam a douta apreciação dos ministros", afirmou Zaon. A partir de agora, a Caixa também mudará a orientação a seus advogados. Para recorrer de decisões contrárias ao banco no STF, os advogados precisarão de autorização superior. Hoje, a regra é inversa: os advogados devem recorrer até a última instância e, para desistir do recurso, precisam de autorização prévia. (O Estado de S.Paulo)