Um ano antes de a Caixa Econômica Federal tornar-se sócia do Panamericano, o Banco do Brasil rejeitou a maior parte das carteiras de crédito oferecidas pelo banco que, então, pertencia a Silvio Santos. As negociações ocorreram entre outubro e novembro de 2008, auge da crise global. Naquele momento, bancos de pequeno e médio porte, como o Panamericano, bateram às portas dos grandes, como o BB, para vender essas carteiras e colocar dinheiro em caixa. As informações são de executivos que participaram das negociações. Segundo esses profissionais, a qualidade das carteiras do Panamericano era sofrível. Havia, entre outros, problemas na chamada originação dos créditos. Um exemplo eram os financiamentos a motos de baixa cilindrada, área em que a inadimplência costuma ser elevada. Além disso, observou um executivo, a reputação do Panamericano no mercado já não era das melhores. A avaliação era de que o banco não tinha foco, emprestava mal e, consequentemente, apresentava resultados fracos comparado à concorrência. (O Estado de S.Paulo)