O novo pacote de estímulo ao setor exportador de manufaturados que está sendo discutido pela equipe econômica deve incluir medidas para a ampliação e a liberação mais rápida de linhas de financiamento para o comércio exterior. Segundo técnicos do governo, empresários brasileiros ainda encontram dificuldades para levar suas mercadorias para outros países, especialmente em função de exigências na concessão do crédito. Por isso, está nos planos retirar do papel a Agência Brasileira de Garantias (ABG), além de ajustes no Proex. A ABG, cujo projeto foi formulado no governo Lula, garante obras em áreas específicas que hoje não interessam o setor privado. Na área de exportações, por exemplo, a ideia é que ela atue em negócios de valor elevado e em contratos superiores a dois anos, onde a apresentação de garantias é mais difícil para os empresários. A fonte de financiamento para essas operações viria do uso dos fundos garantidores que hoje estão espalhados por diferentes instituições financeiras e que separadamente têm pouca alavancagem. (O Globo)