O protecionismo contra países como Brasil, China e índia no pacote de estímulo à economia americana deve virar lei. Na noite de quarta-feira, o Senado americano aprovou uma emenda determinando que o plano de estímulo "seja aplicado de maneira consistente com as obrigações dos EUA sob acordos internacionais".
Anteriormente, o pacote determinava simplesmente que todo "ferro, aço e produtos manufaturados" usados em projetos do pacote de estímulo fossem produzidos nos Estados Unidos. A medida provocou protestos e levou o presidente Barack Obama a fazer um apelo aos legisladores, apontando o perigo de a cláusula desencadear uma guerra comercial.
Com a emenda aprovada no Senado, os EUA terão de abrir o pacote a signatários do Acordo de Compras Governamentais, como Canadá e União Europeia, e para o México, que é parte do Nafta.O Brasil não é signatário do acordo, então continua vetado – assim como Rússia, China e índia.
E este aspecto protecionista do pacote deve permanecer na versão final da lei, segundo analistas. Os senadores derrubaram a emenda do senador John McCain, que tirava a cláusula "buy American" do pacote, publicou o Estadão.