O Valor Econômico antecipa hoje os principais pontos da propaganda eleitoral das campanhas de Aécio Neves e Dilma Rousseff. Os tucanos vão mirar a desindexação e os subsídios, apontadas como duas das principais distorções da política econômica. O argumento da campanha de Dilma é que desindexar significará redução dos benefícios da Previdência Social. O fim dos subsídios levará ao aumento brusco de preços, como o da gasolina, combustível dos meios de transportes e alimentos. Sem a eles, a inflação das classes mais pobres dispara e programas como o Minha Casa, Minha Vida perderão recursos.
Será uma disputa entre defensores do mercado (Aécio) e da intervenção do estado (Dilma). O pano de fundo do discurso da candidata petista no horário eleitoral será: não fosse a mão forte do Estado, o país estaria mergulhado em uma crise ainda mais profunda. Como se poderia fazer diferente? Haveria desemprego e forte impacto entre as pessoas situadas nas faixas de renda menores. Na visão do Palácio do Planalto, a política econômica não tem como ser descolada da política social. Por essa razão, o ex-presidente Lula, como grande estrategista da reeleição da presidente, apostou todas as fichas na conquista de maior tempo de propaganda na tv e no rádio: o PT precisa disso para explicar da melhor maneira possível sua opção de política econômica.