Para mostrar que o ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff é para valer, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez questão de afirmar ontem, após audiência com a presidente, que o corte que está sendo preparado no Orçamento da União de 2011 será definitivo. Isso significa que não será um contingenciamento – quando se seguram as despesas no início do ano para liberar posteriormente -, e sim encolha de gastos efetivamente. Os números ainda estão sendo fechados pela equipe econômica, mas o que se discute é que o valor pode variar entre R$32 bilhões e R$40 bilhões. Em 2010, o governo contingenciou R$29,4 bilhões entre março e maio, mas depois iniciou a liberação de gastos. Geralmente, o aperto inicial é substituído pela frouxidão nas contas se o comportamento da arrecadação é satisfatório. – A definição da redução de gastos no Orçamento vai demorar uma ou duas semanas porque o Orçamento está vindo para o sistema. O Ministério do Planejamento vai trazê-lo hoje (ontem) e vamos começar a trabalhar com cada ministério (os cortes). Então, não é uma coisa fácil. Não tem nenhum número definido. Mas não é para ser revertido. Vai ser uma redução definitiva de gastos até o final do ano – disse Mantega.