Pelos cálculos do Ministério do Planejamento, as despesas com benefícios previdenciários, com assistência social, seguro-desemprego e abono salarial que constam do Orçamento da União para 2012, recém-aprovado pelo Congresso Nacional, estão subestimadas em cerca de R$ 8 bilhões. Se a previsão do governo se confirmar, a presidente Dilma Rousseff terá uma dificuldade adicional para cumprir a meta de superávit primário deste ano, equivalente a 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB), pois será obrigada a fazer um contingenciamento ainda maior das verbas orçamentárias. O governo tentou corrigir os valores dessas despesas que constavam da proposta orçamentária enviada ao Congresso no fim de agosto, mas o seu pedido não foi aceito. No dia 21 de novembro, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, enviou um ofício ao presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), atualizando a memória de cálculo das estimativas para os benefícios previdenciários, assistenciais, seguro-desemprego e abono, e dos parâmetros econômicos utilizados na elaboração da proposta orçamentária. (Valor Econômico)