A oposição se despede de 2011 com a taça de champanhe pela metade. Ajudou a tirar seis ministros do governo e viu a presidente Dilma Rousseff adotar o programa de privatizações que o PT tanto criticou na campanha do ano passado. Mas, ao mesmo tempo, a força oposicionista no Congresso minguou a olhos vistos com a criação do PSD. Para completar, as últimas pesquisas de opinião detectaram que a presidente Dilma encerra seu primeiro ano de mandato com uma popularidade maior que a de Lula e a de Fernando Henrique Cardoso, quando considerado o mesmo período. Ou seja, para muitos, não há o que comemorar. Mas, na avaliação de um grupo expressivo, ainda há alguma coisa para brindar, preparar o futuro e "cantar 2012" como o décimo ano do "governo do PT" sem mudanças significativas em vários setores, como a infraestrutura. "Numericamente, realmente perdemos, não conseguimos instalar CPIs nem destinar 10% do Orçamento para a área de saúde dentro da regulamentação da Emenda 29. Essa foi a nossa maior derrota. Ficamos emparedados pela inferioridade numérica", comenta o líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN). Com a criação do PSD, o DEM, por exemplo, perdeu 17 deputados e um senador. No PSDB e no PPS, os estragos foram menores. Mas Agripino considera essa situação circunstancial. "O governo já está enfrentando dificuldades de ordem política e a tendência é que isso se agrave. Logo, logo, teremos gente da base votando conosco, prevê. (Correio Braziliense)