Com o fim, ao menos aparente, da batalha fratricida que dividia internamente DEM e PSDB, os dois partidos apostam na crise na base aliada entre PT e PMDB para tentar atrair partidos menores com vistas às eleições municipais de 2012. Estão na alça de mira as legendas que, costumeiramente, mantêm um pé na canoa governista e outro na oposicionista. Siglas como PTB, PP, PR e PV. "Até o fim de semana, os comandos dos partidos não estavam nítidos. Agora, é possível fazer uma ação coordenada entre partidos e fundações e vamos propor ao presidente Sérgio Guerra uma reunião com o intuito de estabelecer uma linha para as eleições de 2012", afirma o presidente do DEM, José Agripino Maia. A ideia é tentar recuperar o tempo desperdiçado de combate efetivo contra o governo em função do desarranjo sofrido depois que as siglas da oposição perderam deputados e senadores para o neófito PSD e entraram em parafuso pela sucessão nos comandos do partido. Com os rumos desenhados, os dois principais partidos em rota de colisão com o Palácio do Planalto, DEM e PSDB, articulam uma ação conjunta para tentar ganhar terreno na fragilidade do governo. (Estado de Minas)