Não é somente a expectativa de ganhar outra Copa do Mundo que se repete de quatro em quatro anos no Brasil. Terminado o primeiro ano de mandato presidencial, a equipe de planejamento do Palácio do Planalto e o Congresso Nacional elaboram o Plano Plurianual (PPA), documento que traça as principais metas para o país para os quatro anos seguintes e aponta as prioridades de cada estado. A briga de parlamentares e prefeitos para fazer com que projetos que beneficiem suas bases eleitorais constem da lista é ferrenha, mas a inclusão no PPA está longe de garantir que as renovadas promessas de liberação de recursos para obras se concretizem. Pelo menos em relação à infraestrutura, o documento pode ser considerado uma mera formalidade entre os poderes Legislativo e Executivo: várias obras previstas nos textos sancionados pelos presidentes são figurinhas repetidas de planos anteriores não cumpridos. O PPA sancionado neste mês pela presidente Dilma Rousseff, por exemplo, inclui obras como a duplicação da BR-381 e a ampliação do metrô da capital, que fazem parte de planejamentos orçamentários desde a década de 1990. E mais uma vez estão na lista de prioridades. Outros empreendimentos reivindicados há anos pelos mineiros estão na relação de ações planejadas para o período 2012-2015. Entre eles se destacam a modernização e a ampliação da Refinaria Gabriel Passos (Regap), previstas inicialmente para começar em janeiro de 2002, e a reforma do Anel Rodoviário da capital, na fila de espera desde 2007. (Estado de Minas)