O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, espera que até a primeira semana de fevereiro, no máximo, a maior parte da tramitação no Congresso do megapacote de estímulo econômico já tenha sido realizada. O programa inclui cortes de impostos de US$ 300 bilhões – ou 40% do valor total de US$ 775 bilhões – para famílias e empresas, além de uma série de gastos que vão de suporte a governos estaduais a investimentos em infraestrutura. Um dos principais objetivos do plano é o de criar três milhões de empregos, para compensar a perda de dois milhões de postos de trabalho no ano passado.
O horizonte de tempo para a aprovação do pacote mencionado por Obama contraria as declarações da presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, de que o pacote já estaria aprovado para o presidente eleito assinar quando tomar posse em 20 de janeiro.
O programa de alívio de impostos prevê crédito tributários de US$ 500 por pessoa ou US$ 1.000 por família. Diferentemente dos abatimentos realizados no governo Bush, em que cheques foram enviados depois que os impostos foram pagos, os de Obama devem ser uma redução do imposto retido na fonte, com a intenção de fazer o ganho chegar mais rápido ao bolso de quase todos os trabalhadores. Essa parte do pacote está estimada em US$ 150 bilhões.
No caso das empresas, uma parcela de US$ 100 bilhões será injetada ao se permitir uma antecipação mais ampla de créditos tributários relativos a prejuízos em 2008. Há também mais US$ 50 bilhões de subsídio fiscal para contratação de novos funcionários, cancelamento de planos de demissão e investimento em novos equipamentos.