O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) concluiu o relatório inicial do processo aberto contra o deputado André Vargas (PT-PR) por quebra de decoro parlamentar. Vai pedir ao Conselho de ética que aprove a continuidade da investigação contra Vargas, acusado de ser sócio do doleiro Alberto Youssef, preso e indiciado pela Polícia Federal, e de haver mentido reiteradas vezes da tribuna. Espera-se uma conturbada sessão nesta terça-feira 22, com a presença dos deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP) e José Mentor (PT-SP), partidários da estratégia do “vai pra cima” – uma ampla defesa não apenas de Vargas, mas do PT como alvo de ataques sistemáticos. Eles querem a troca do relator. O presidente do partido, Rui Falcão, pensa diferente. Ele pressionou o deputado paranaense para que renunciasse. Diante da sua resistência, o caso vai ao Comitê de ética.
Vargas não prejudicou apenas o PT nacional, com um escândalo que desgasta a campanha da presidente Dilma. Seus movimentos desastrosos não abandonam as primeiras páginas e as homes da mídia nacional, e causam maior dano ainda à candidatura da ex-ministra Gleisi Hoffmann para governadora do Paraná. Antes bem avaliado pelos eleitores, seu nome era cotado para substituir Osmar Dias (PDT), que optou por permanecer na vice-presidência de Agronegócios do Banco do Brasil, na vaga de senador da chapa da ex-ministra da Casa Civil.