Desde meados de dezembro, há três meses, quando a presidente Dilma Rousseff começou a anunciar os nomes de sua equipe econômica, o PT submergiu. Era uma atitude esperada, diante das escolhas da presidente, em franca oposição às expectativas do partido – o liberal Joaquim Levy na Fazenda, uma representante do agronegócio, Kátia Abreu, na Agricultura, e no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior um nome do setor empresarial, Armando Monteiro.
O PT mergulhou até às profundezas, e jamais voltou à tona, depois que a equipe econômica anunciou um duro ajuste fiscal com o objetivo de restaurar a confiança no governo e impedir a perda do aval das agências de risco aos investimentos feitos no Brasil. Em seguida vieram as delações premiadas da Lava Jato que implicaram o tesoureiro João Vaccari Neto. Os 35 anos da legenda foram comemorados com sussurros há um mês.